terça-feira, 24 de junho de 2008

bagaço #15

Certa vez, [G.K.] Chesterton esteve prestes a visitar Buenos Aires. Eu deveria ser convidado para o jantar organizado em sua honra, facto com que me teria deleitado. Todavia, não pude deixar de pensar que, para que a magia se não perdesse, mais valeria que ele não viesse, que permanecesse na sua límpida lonjura. Além do mais, também me convenci de que o conhecia como ao meu melhor amigo, e de que isso era já suficiente.

Jorge Luis Borges.

O fã deve manter uma prudente distância do ídolo. A aura, por mais pindérica que seja, não pode ser destruída. Mas vá lá alguém convencer disto as adolescentes- com a cona aos saltos e lágrimas nos olhos- enquanto tentam tocar ao de leve nas calças de qualquer elemento dos Tokyo Hotel.

Este post iniciou-se no céu (Chesterton) e terminou na mais asquerosa imundície acéfala (Tokyo Hotel). Em três minutos fez-se uma longa viagem.